Mosquito Aedes aegypti: doenças e prevenção

Ultimamente, várias endemias e epidemias vem se tornando uma das grandes preocupações de saúde ao redor do mundo inteiro. Uma delas, aqui no Brasil, têm preocupado profissionais da saúde e pessoas comuns: a microcefalia. O Ministério da Saúde recentemente confirmou que já são, pelo menos, 1.113 casos de microcefalia espalhados pelo país, mas com maior concentração no Nordeste. Desse total, 189 casos foram comprovados decorrentes do contágio do vírus Zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. No entanto, esse mosquito não transmite apenas essa doença, ele também pode causar a Dengue e a Chikungunya. Um mesmo mosquito que causa três diferentes doenças, por vez, gera confusão entre os indivíduos, por isso, vamos falar sobre cada caso isoladamente.

Vírus Zika

Das três doenças, a Zika é a doença que tem sintomas mais leves. Os indivíduos que contraem essa doença apresentam uma febre baixa, olhos avermelhados e coceira. Esse vírus foi identificado no Brasil a primeira vez em 2015, portanto, é uma doença relativamente nova e pouco se sabe sobre ela. Sabe-se que o principal meio de transmissão é a picada do mosquito Aedes, mas ainda não sabe se existem outros tipos de transmissão. O tratamento é sintomático, mas aconselha-se a procura de um médico imediatamente após a apresentação dos sintomas. Em gestantes, o vírus Zika pode ser transmitido da mãe para o bebê, assim, podendo ocasionar caso de microcefalia nos bebês – a microcefalia é uma má formação congênita do cérebro, onde o desenvolvimento do mesmo não é efetivo, deixando a cabeça dos bebês com a circunferência de, em média, 32 cm.

Dengue

A Dengue foi descoberta no ano de 1986 e estima-se que, anualmente, 50 milhões de pessoas são infectadas com a doença em todo o mundo. Ela apresenta sintomas mais graves e dolorosos, como febre alta, dores de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas. Se não tratada rapidamente após a procura de um médico, a doença pode levar a morte. A principal forma de transmissão da doença também é através da mordida do mosquito Aedes aegypti. Também foram comprovados casos de transmissão de gestante para bebê e por meio de transfusão de sangue. Os casos de dengue aumentaram cerca de 45% em relação ao ano anterior, mas o número de mortes diminuiu.

Chikungunya

A Chikungunya, descoberta no Brasil em 2014, também é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes, no entanto, o inseto age como um intermediário, pois ele só contrai a doença após picar uma pessoa infectada, infectando posteriormente a quem picar. Os sintomas são parecidos com o das outras doenças: febre alta, dores no corpo e cabeça, manchas vermelhas na pele, dores nas articulações, principalmente nas mãos, pés e tornozelos, dedos e pulsos. Contudo, cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas. O tratamento também é sintomático e deve ser feita uma consulta médica assim que identificados os sintomas.  

Prevenção

Como ainda não existem remédios e vacinas para essas doenças, a única forma de prevenir o contágio através do Aedes aegypti é combatendo a proliferação dos mosquitos. Todo o lugar que acumule água é foco da criação dos mosquitos, por isso é importante manter esses locais sempre secos e limpos. Como, por exemplo:

-Removendo folhas, galhos e tudo o que possa interferir na passagem da água pelas calhas.

-Mantendo sempre bem tampado barris e tonéis de água.

-Lavando semanalmente com água e sabão tanques que armazenam água.

-Não deixando água de chuva acumulada em nenhuma parte da casa, principalmente no pátio.  

-Trocando a água e lavando os vasos de plantas pelo menos uma vez na semana.

-Guardando garrafas sempre de cabeça para baixo.

-Colocando o lixo em sacos plásticos e mantendo a lixeira bem fechada. 

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