Para onde vai a gordura após os exercícios físicos

Estudo publicado no “British Medical Journal” revelou que a gordura eliminada de nosso corpo transforma-se em CO2 e água. O trabalho liderado pelo pesquisador Ruben Meerman da University of New South Wales, na Austrália, explica que a produção de energia não é sinônimo de perda de peso.

Ao contrário do que sempre se pensou, calor e energia não são resultados apenas da eliminação de gordura. Na verdade, ambos são surgem da metabolização de glicose, a molécula fonte de energia. A glicose é a menor unidade de carboidrato que o nosso corpo consegue obter. É através dela que nossos corpos desempenhamos desde atividades vitais como o bater do coração, até tarefas mais desgastantes como caminhar ou correr. Assim, quando realizamos alguma atividade física, queimamos primeiro a glicose para depois começar a perder peso.

Quando passamos a queimar gordura (C55 H104 O6) para produzir energia, nosso corpo divide as células adiposas em moléculas de oxigênio, hidrogênio e carbono. À medida que consumimos oxigênio durante o exercício, liberamos dióxido de carbono e água, sendo o CO2 eliminado pelos pulmões e a água, em sua maioria, pelo suor. Os estudos identificaram que cada 10 kg de gordura são compostos por 8,4 kg de CO2 e 1,6 kg de H2O. A partir daí a equipe de Meerman descobriu que para queimar os mesmos 10 kg de gordura, o corpo consome durante o exercício, 29 kg de oxigênio e produz um total de 28 kg de dióxido de carbono e 11 kg de água. Ou seja, a maior parte da gordura queimada durante exercícios físicos é eliminada pela respiração.

Transformando a gordura em respiração

Olhando o resultado rapidamente podemos pensar que para emagrecer bastaria forçar a inalação de 29 kg de oxigênio. Contudo, inalar mais oxigênio do que o necessário provavelmente produziria hiperventilação e como consequência tontura, palpitações e perda de consciência. Infelizmente a descoberta também comprova que o único método para perder peso é controlar a alimentação e praticar exercícios físicos regularmente, sempre sob a orientação de profissionais. Só o esforço físico justifica um maior consumo de oxigênio e possibilita a queima de gordura.

A pesquisa pelo destino da gordura começou em 2013, quando Rubem Meerman perdeu 15 kg e não obteve respostas satisfatórias sobre no que essa gordura teria se transformado.

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